quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Entenda a crise norte-americana!

     Os banco e agências financeiras americanas aumentaram a quantidade de empréstimos para clientes que não tinham bom histórico de pagamento de dívidas nos últimos anos. Esse tipo de financiamento, de alto risco, é chamado de "subprime" (traduzido como "de segunda linha"), com juros extremamente altos. Os clientes davam como garantia suas casas (hipotecas).
     Os preços dos imóveis caíram, desvalorizando as garantias dos empréstimos e o mercado imobiliário,  em meados do ano passado, entrou em crise. Com medo, os bancos passaram adificultar novos empréstimos. Isso fez com que o número de compradores de imóveis caísse, agravando ainda mais a crise no setor. Os bancos transformaram esses empréstimos hipotecários em papéis e venderam a outras instituições financeiras, que também acabaram sofrendo perdas. Alguns dos maiores bancos dos Estados Unidos anunciaram prejuízos bilionários, como o Citigroup e o Merril Lynch.


(trabalho realizado pelos alunos do 2CM1 - set/2008 -
Leonardo Reis, Diego mascarós, Nicolai Lantaler, Angela Gerolometo e Débora Manarelli )
  
     O problema pode afetar o nível de emprego e o consumo, causando uma recessão (período em que a economia de uma determinada região ou país deixa de crescer), geral na economia dos EUA, havendo uma redução das atividades comerciais e industriais, assim diminui o ritmo da produção e do trabalho.
     Na verdade, ninguém pode dizer com exatidão em que medida a situação norte-americana pode provocar estragos em outros países. Porém, a economia do mundo atual baseia-se em relações de interdependência. Grande parte das exportações brasileiras, por exemplo, vão justamente para os Estados Unidos que, com a recessão, pode reduzir suas importações.
     Como os Estados Unidos são os maiores consumidores mundioais, essa crise global pode estar marcando o começo de uma "economia de desemparelhamento" entre os EUA e o resto do planeta. As economias não "desemparelhadas" serão portanto aquelas que vão ser arrastadas na espiral negativa americana.
Professor Marcelus
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12 comentários:

  1. A aprovação do pacote anti-crise não resolveu muita coisa?
    ou os resultados ainda vão aparecer?
    Não entendi muito bem isso...
    "A sexta-feira movimentada ainda contou com marcante participação do lado corporativo. Lá fora, o embate entre o Citigroup e o Wells Fargo pela aquisição do banco Wachovia foi o destaque e rendeu forte valorização aos papéis do último, graças à proposta de US$ 15,1 bilhões do Wells Fargo."
    O que o Citigroup estava fazendo?Ele já teve prejuizos bilionários,não?

    Bejãooo Marcelus E Adorei o site...

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  2. Oi Poly... vamos ver se consigo esclarecer suas dúvidas...

    Quanto ao pacote aprovado veremos que as mudanças vão acontecer gradativamente. Na realidade a importância do pacote é mostrar ao mundo que o governo norte-americano está tomando providências para evitar uma crise mundial ainda maior.
    Com os US$ 700 bilhões, o governo ajudará as instituições financeiras com problemas, comprando os papéis "podres" (são títulos com possibilidade de não serem pagos a seus donos) em troca de ações das empresas. Dessa forma, se o banco se recuperar, os contribuintes vão lucrar com os dividendos dos papéis..
    Além disso, foram incluídos descontos nos impostos para promover o uso de fontes de energia renováveis, valor de quase US$ 80 bilhões, e a prorrogação e ampliação de outras reduções nos impostos para pessoas físicas e empresas.
    O novo pacote incluiu também um incentivo fiscal para produção de filmes nos Estados Unidos e medidas para empregadores estimularem o uso de bicicleta por funcionários, além de outros presentinhos, ampliando benefícios para os contribuintes.

    Quanto a sua dúvida sobre os bancos...

    O Wachovia, o quarto maior banco americano, foi obrigado pelo governo americano a um casamento forçado com o Citigroup, mas acabou atraindo o Wells Fargo, que comprará todos os ativos (Qualquer bem que um indivíduo ou uma empresa possua e que possa ser convertido em dinheiro) do banco por um preço muito superior e sem recorrer aos cofres públicos.

    Qualque dúvida me procure ok?

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  3. A sim...Agora entendi melhor...
    Poxa brigadãoo pela super resposta...e adorei a parte do incentivo para a produção de filmes..
    :D :D
    Brigadãoo...vou assistir ao documentário...depois comento

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  4. Prof°, a crise afeta o mundo todo certo, mas pq o preço do dolar almenta no Brasil, e aqui nós nao sentimos a crise ainda?
    o certo seria preço da moeda cair certo?

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  5. Muito boa a sua resposta , professor !

    Parabéns, o blog está ficando cada vez melhor :)

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  6. As injeções de dólares no mercado irão ter um efeito demorado, tal qual o início da crise. Como mostra a revista Veja (edição 2080 do dia 1 de outubro) em "Donos de casa desesperados", a crise começou na década de 60, 70, quando o financiamento começou a crescer.
    Mesmo com esse otimismo de segunda e terça, com fechamento de Bolsas no positivo, acredito que ainda vivemos em uma crise, pois como as bolsas estavam todas no negativo e de repente, puf!, todas em alta? E ainda ser de no mínimo 8%?! Eu acho que só sairemos da crise se as bolsas forem de pouco em pouco recuperando as perdas.

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  7. Hugo
    É essa a idéia... os pacotes de ajuda que os governos estão fazendo pelo mundo todo para os bancos e financeiras também possuem o objetivo de ajudar o valor das ações na bolsa evitando que os investidores fujam das aplicações. Com a economia estável os investidores voltam para as bolsas.

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  8. Olá!

    Sou Beatriz, de São Paulo, Capital e gostaria de agradecer pelo pequeno e excelente resumo sobre a crise norte-americana. Me ajudou demasiadamente .. Obrigada.

    Beatriz.

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  9. Beatriz
    Esteja à vontade... pode voltar mais vezes aqui...sempre tem uma novidade...

    Um abraço...

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  10. Ola^^
    senhor, muita boa sua discrição sobre o que esta acontecendo no mundo ou seja na econima norte americana.


    so tenho uma pergunta ?? o fato de o brasil nao sentir muito o efeito da devalorização do dolar, isso e por calsa de nossa industrias e a administração de nossa economia esta punjante, ou foi por sermos de amarica latina e nao termos relações mais profundas com os investimentos no USA.??

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  11. Julkio

    Um dos fatores que ajudaram o Brasil a se manter, por enquanto,livre da crise é o fato de possuir grandes reservas cambiais, o que ainda dá um certo folego à economia. As relações comerciais com os EUA são enormes e é um dos principais parceiros economicos do país, portanto, uma crise como a que lá ocorre acaba refletindo no Brasil.

    Apareça sempre....

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